quinta-feira, 25 de março de 2010

Grupo contra impunidade pede justiça no Caso Isabella e fim de pena máxima de 30 anos


Grupo contra impunidade pede justiça no Caso Isabella e fim de pena máxima de 30 anos

Publicada em 22/03/2010 às 12h03m
Wagner Gomes, O Globo
    Foto de Eliária Andrade, O Globo
SÃO PAULO - Um grupo de cerca de 3  pessoas faz uma manifestação pedindo justiça no Caso Isabella. Eles se reuniram em frente ao Fórum de Santana, onde ocorre o julgamento do pai e da madrasta da menina, morta em março de 2008, com cartazes e um abaixo-assinado que pede alterações no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e no Código Penal. O pai da menina Emily Guedert, assassinada aos 13 anos na porta de sua casa, em maio de 2007, Wilson Caetano de Araújo, do grupo Encontro Unificado de Vítimas da Impunidade (EuVi), disse que é preciso decretar o fim do tempo máximo de reclusão, que hoje é de 30 anos.
Segundo ele, ainda que o casal Nardoni, acusado de assassinar Isabella, receba a pena máxima pelo crime, eles serão beneficiados pela progressão do regime e poderão sair da cadeia em cinco anos. Como já ficaram quase dois anos presos, com mais três anos poderão ser libertados.
Foto Eliária Andrade, O GloboAs assinaturas no documento estão sendo colhidas desde agosto passado. Até agora, 200 mil pessoas aderiram. Para que seja realizado um plebiscito sugerindo a mudança no Código Penal é necessário 1,3 milhão de assinaturas.
O grupo pede ainda a mudança no ECA, para que menores que tenham cometido crimes hediondos passem por uma junta técnica que avalie seu comportamento e, se necessário, o emancipe para que responda à Justiça pelo crime como um adulto. A ideia do grupo é que o menor cumpra pena em instituição reservada até 18 anos e depois seja encaminhado a uma penitenciária comum.
Foto Eliária Andrade, O Globo- Minha filha foi executada na porta de casa por um menino de 13 anos. Ela morreu nos meus braços. Este garoto precisa responder pelo crime - disse o pai de Emily, que foi morta porque não quis entregar uma máquina fotográfica digital.
O grupo que faz a manifestação faz tributo à Isabella e à menina Madeleine, desaparecida em Portugal.
A vendedora Sandra Domingues, de 42 anos, disse que o grupo foi formado há dois anos por ativistas revoltados com a morte de Isabella e acabou se unindo a outros grupos contra a impunidade. O grupo faz manifestação por meio de redes sociais, como o Orkut, e pede justiça contra crimes bárbaros.

O Globo

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