quinta-feira, 24 de março de 2011

Dedo cai do céu e leva polícia a desvendar morte de homem torturado pelo cunhado na Inglaterra

Fonte:
Da BBC Brasil

Um dedo que caiu do céu, possivelmente trazido por um pássaro, foi a pista necessária para a polícia britânica elucidar o assassinato de um homem torturado até a morte por seu próprio cunhado.
O assassino, Mohammed Riaz, 33, sequestrou o irmão de sua esposa, Mahmood Ahmad, 40, em março de 2010 para descobrir onde a mulher estava se escondendo.

Ahmad, a vítima, em primeiro plano

Apartamento onde Ahmad foi torturado, após culpados tentarem se livrar das pistas do crime

O assassino, Mohammed Riaz
Nahid, caçula de Mahmood, havia deixado o marido em 2008 por causa do seu caráter violento e de seus constantes abusos. Ela mudou o nome e contou apenas a poucos parentes onde estava vivendo.
Como se recusou a revelar o paradeiro da irmã para o cunhado, Mahmood foi morto e esquartejado. O corpo nunca mais apareceu.
Terror
O caso chocou a opinião pública britânica. Nas mais recentes fotos divulgadas pela polícia, Mohammed Riaz aparece sorrindo atrás de Mahmood Ahmad por ocasião do casamento deste último, em março de 2008.
Quando Nahid abandonou o marido, naquele mesmo ano, Riaz começou uma campanha de intimidação e terror contra a família da esposa.
Em 2009, a irmã de Nahid teve seu apartamento invadido. Ao chegar em casa, encontrou a torneira da banheira aberta, o imóvel inundado e um recado ameaçador de Riaz na secretária eletrônica.
"Desta vez foi apenas água. Da próxima, você vai queimar", era a mensagem.
Em março de 2010, com a ajuda do irmão e de outros comparsas, Riaz sequestrou Mahmood Ahmad quando este voltava do trabalho, uma lanchonete de kebabs na zona leste de Londres.
Tortura
Poucos dias depois, a família de Mahmood acionou a polícia. Os investigadores descobriram que Mahmood fora abordado quando voltava para sua casa em Watford, no condado de Hertfordshire.
Ele tinha sido levado à casa em que a irmã de Riaz vivia com o namorado, em Ilford, no leste de Londres.
Os gritos da vítima durante as sessões de tortura foram ouvidos pelos vizinhos, mas ninguém avisou a polícia.
Pouco após o desaparecimento de Mahmood, o carro usado no sequestro apareceu desmantelado. Riaz foi preso como suspeito.
Parte da parede e os azulejos do banheiro do apartamento onde Mahmood foi torturado havia sido arrancada, assim como os carpetes do local.
Buscas
Mas a pista crucial para elucidar o crime foi o dedo da vítima, que literalmente caiu do céu, possivelmente do bico de um pássaro.
O momento em que o pedaço do corpo de Mahmood cai no chão de um estacionamento em Ilford foi registrado em uma câmera de circuito interno de segurança.
O funcionário da limpeza que viu o dedo pensou, a princípio, que se tratasse de um pedaço de frango lançado de alguma janela do prédio de escritórios, que fica a cerca de um quilômetro e meio do local onde Mahmood foi morto.
Um exame forense identificou o dedo e relacionou o sangue encontrado nele ao sangue encontrado na casa de Ilford.
A polícia revirou lixões da região em busca do corpo de Mahmood, mas sem sucesso.
Os investigadores chegaram a estudar rotas de voos de pássaros para tentar descobrir onde o corpo da vítima pode ter sido enterrado, mas não tiveram sucesso.
A polícia afirmou que está determinada a continuar buscando o corpo de Mahmood, para que a família possa dedicar-lhe um enterro digno.
Riaz foi condenado pela Justiça britânica junto com cinco cúmplices e aguarda a divulgação da sentença.
Apesar dos resultados da investigação, a corporação foi criticada pela comissão que supervisiona o trabalho policial, IPCC, para quem a polícia subestimou a campanha de terror de Riaz contra Nahid.
Para o órgão, se tivesse prestado atenção às denúncias na época, a polícia poderia ter prendido o assassino antes do sequestro de Mahmood.


O caso chocou a opinião pública britânica. Nas mais recentes fotos divulgadas pela polícia, Mohammed Riaz aparece sorrindo atrás de Mahmood Ahmad por ocasião do casamento deste último, em março de 2008.
Quando Nahid abandonou o marido, naquele mesmo ano, Riaz começou uma campanha de intimidação e terror contra a família da esposa.
Em 2009, a irmã de Nahid teve seu apartamento invadido. Ao chegar em casa, encontrou a torneira da banheira aberta, o imóvel inundado e um recado ameaçador de Riaz na secretária eletrônica.
"Desta vez foi apenas água. Da próxima, você vai queimar", era a mensagem.
Em março de 2010, com a ajuda do irmão e de outros comparsas, Riaz sequestrou Mahmood Ahmad quando este voltava do trabalho, uma lanchonete de kebabs na zona leste de Londres.
Tortura
Poucos dias depois, a família de Mahmood acionou a polícia. Os investigadores descobriram que Mahmood fora abordado quando voltava para sua casa em Watford, no condado de Hertfordshire.
Ele tinha sido levado à casa em que a irmã de Riaz vivia com o namorado, em Ilford, no leste de Londres.
Os gritos da vítima durante as sessões de tortura foram ouvidos pelos vizinhos, mas ninguém avisou a polícia.
Pouco após o desaparecimento de Mahmood, o carro usado no sequestro apareceu desmantelado. Riaz foi preso como suspeito.
Parte da parede e os azulejos do banheiro do apartamento onde Mahmood foi torturado havia sido arrancada, assim como os carpetes do local.
Buscas
Mas a pista crucial para elucidar o crime foi o dedo da vítima, que literalmente caiu do céu, possivelmente do bico de um pássaro.
O momento em que o pedaço do corpo de Mahmood cai no chão de um estacionamento em Ilford foi registrado em uma câmera de circuito interno de segurança.
O funcionário da limpeza que viu o dedo pensou, a princípio, que se tratasse de um pedaço de frango lançado de alguma janela do prédio de escritórios, que fica a cerca de um quilômetro e meio do local onde Mahmood foi morto.
Um exame forense identificou o dedo e relacionou o sangue encontrado nele ao sangue encontrado na casa de Ilford.
A polícia revirou lixões da região em busca do corpo de Mahmood, mas sem sucesso.
Os investigadores chegaram a estudar rotas de voos de pássaros para tentar descobrir onde o corpo da vítima pode ter sido enterrado, mas não tiveram sucesso.
A polícia afirmou que está determinada a continuar buscando o corpo de Mahmood, para que a família possa dedicar-lhe um enterro digno.
Riaz foi condenado pela Justiça britânica junto com cinco cúmplices e aguarda a divulgação da sentença.
Apesar dos resultados da investigação, a corporação foi criticada pela comissão que supervisiona o trabalho policial, IPCC, para quem a polícia subestimou a campanha de terror de Riaz contra Nahid.
Para o órgão, se tivesse prestado atenção às denúncias na época, a polícia poderia ter prendido o assassino antes do sequestro de Mahmood
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