Eles injetaram em ovos do Aedes aegypti uma bactéria; ela se reproduziu nas células e foi levada aos órgãos e tecidos; quando os insetos foram infectados pela dengue, os vírus não conseguiram se multiplicar
Uma boa notícia: pesquisadores de Minas Gerais e da Austrália deram um passo importante no combate a uma doença bem conhecida dos brasileiros: a dengue.
O professor Luciano Andrade Moreira trabalha em um dos maiores centros de ciência e tecnologia em saúde do Brasil. Ele faz parte de um grupo internacional de estudos. Na Austrália, os pesquisadores descobriram um micro-organismo capaz de anular o vírus tipo 2 da dengue.
Eles injetaram em ovos do Aedes aegypti uma bactéria chamada Wolbachia. Ela se reproduziu nas células e pela corrente sanguínea foi levada aos órgãos e tecidos. Quando os insetos foram infectados pela dengue, os vírus não conseguiram se multiplicar.
Há duas suposições: na célula, a bactéria roubaria nutrientes do vírus da dengue, impedindo a multiplicação. O professor explica a outra hipótese.
“Quando o mosquito tem a bactéria, ele está com imunidade aumentada, ele fica mais imune, como se tivesse vacinado. Então, quando o vírus infecta esse mosquito, ele não consegue se desenvolver”, explica Luciano Andrade Moreira.
Os testes também mostraram que a bactéria se aloja no sistema reprodutor do Aedes aegypti e é transmitido para os ovos. Cada fêmea pode colocar 500 até o fim da vida. Essa colônia imunizada vai passar a Wolbachia para as próximas gerações.
Aumentando o número de mosquitos resistentes, os pesquisadores esperam reduzir a contaminação pela dengue. No Brasil, no ano passado um milhão de pessoas tiveram a doença.
“Se tem mosquito na sua casa, se tem ovo, se tem larva, tirar os potes das plantas. Sem educação, acho que a gente não consegue chegar ao objetivo”, afirma o professor Luciano Andrade Moreira.
Fonte PE360GRAUS
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