José Amaro de Souza Filho tinha 60 anos e ficou conhecido por tomar conta sozinho do Forte Orange deste a década de 80
Foi assassinado na noite da última segunda-feira (29), na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte, José Amaro de Souza Filho (foto 1), 60 anos. Ele ficou conhecido como "O guardião do Forte", depois que na década de 80, começou a cuidar sozinho do Forte Orange, localizado na ilha. A polícia informou que José Amaro foi morto a tiros, próximo a um sítio onde ele mantinha uma criação de codornas.
“Ele era uma pessoa muito conhecido, era uma boa pessoa, amigo de todos nós dessa região”, disse o jangadeiro Manoel Severino Gomes, morador da Ilha.
José Amaro De Souza Filho era conhecido no Brasil e no mundo. Em 2001foi homenageado pelo embaixador da Holanda Peter Meys. Em 2004 o cineasta pernambucano Franklin Júnior gravou o documentário Orange de Itamaracá.
Ele era admirado pela história de luta e superação. O ex-detento cumpriu pena por assassinato e quando foi solto recebeu autorização do Exército para tomar conta do Forte Orange. Por ter conseguido isso, fez a promessa de passar um ano arrastando uma bola de ferro de 12 quilos. O artesão trabalhava com madeira e fazia toda a manutenção do local, limpeza do terreno, dos telhados e das pedras do forte.
Vega Luiza de Souza, contou que o pai voltava para a casa quando foi morto a tiros. Ela ainda não acredita no que aconteceu: “ele era uma pessoa muito querida e respeitada. Não tinha motivo. Isso foi alguém covarde. A gente não sabe ainda o que aconteceu. Ele era uma pessoa muito boa. A quem ele pudesse ajudar, quem quer que fosse, ele ajudava”.
Gilsineli Silva Souza, a viúva, contou que o Forte era a vida dele: “era uma pessoa muito simples, às vezes até rústica. Amava o forte. O forte pra ele era tudo pra ele. Amava também a família”.
O delegado Guilherme Mesquita, de Itamaracá, vai investigar o caso
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